Centro Cultural de Belém (Pequeno Auditório) - 22 e 23 de Maio (21h)
Shantala Shivalingappa nasceu em Madras, a quarta maior cidade indiana, situada no sul do país, e foi criada em Paris pela sua mãe Savitry Nair que, sendo também uma reconhecida bailarina, desde logo integrou a jovem Shantala no ambiente da dança. Desde os 13 anos, Shantala tem tido o privilégio de trabalhar com alguns dos maiores nomes do teatro e da dança: Maurice Béjart (1789...et nous), Peter Brook (para quem interpretou Miranda em The Tempest e depois Ophélie em The Tragedy of Hamlet), Bartabas (Chimère) e Pina Bausch (O Dido e Néfès), com quem Shantala reconhece ter descoberto uma nova forma de dançar. Em Namasya, Shantala executa quatro curtas peças: Ibuki de Ushio Amagatsu, um dos mestres da primeira geração do butô; Solo, que Shantala ensaiou com Pina Bausch e que reflecte as influências que recebeu da coreógrafa alemã; Shift, de sua autoria; e Smarana, de Savitry Nair, com música tradicional do norte da Índia.
“Com formação em dança clássica indiana, a minha primeira experiência com outra maneira de dançar foi com Pina Bausch. Foi um dos encontros mais marcantes de todo o meu percurso, tanto no plano humano como no plano artístico. Com o seu enorme talento, delicadeza e generosidade, abriu-me as portas a um novo universo gestual. Com ela e com os seus bailarinos aprendi a pensar e a sentir o movimento de outro modo, desde a concepção à execução: espontaneidade, liberdade e rigor, fluidez, movimento que jorra do corpo mas também do coração. A partir da técnica pura da dança indiana, viajaremos em direcção a uma outra forma de narrar, uma outra maneira de viver e sentir a dança? Ou ainda o “Rasa” - sabedoria - que emana da dança, não será tão diferente que leva a acreditar no contraste aparente das formas? A imagem do meu fascínio pela arte de kuchipudi, o meu desejo de fazer este caminho exploratório da Dança é igualmente intenso. Neste caminho, nada se compara ao privilégio excepcional de trabalhar com estes grandes artistas, e de encarnar o elo que os reuniu no decorrer de um serão.”
“Com formação em dança clássica indiana, a minha primeira experiência com outra maneira de dançar foi com Pina Bausch. Foi um dos encontros mais marcantes de todo o meu percurso, tanto no plano humano como no plano artístico. Com o seu enorme talento, delicadeza e generosidade, abriu-me as portas a um novo universo gestual. Com ela e com os seus bailarinos aprendi a pensar e a sentir o movimento de outro modo, desde a concepção à execução: espontaneidade, liberdade e rigor, fluidez, movimento que jorra do corpo mas também do coração. A partir da técnica pura da dança indiana, viajaremos em direcção a uma outra forma de narrar, uma outra maneira de viver e sentir a dança? Ou ainda o “Rasa” - sabedoria - que emana da dança, não será tão diferente que leva a acreditar no contraste aparente das formas? A imagem do meu fascínio pela arte de kuchipudi, o meu desejo de fazer este caminho exploratório da Dança é igualmente intenso. Neste caminho, nada se compara ao privilégio excepcional de trabalhar com estes grandes artistas, e de encarnar o elo que os reuniu no decorrer de um serão.”
Shantala Shivalingappa
Texto e imagem: página web do CCB.
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