Culturgest (Grande Auditório) - 16 e 17 Abril (21:30h)
Do tupi “poro’rog” que significa ‘estrondar’, Pororoca é um fenómeno natural provocado pelo confronto das águas dos rios com as águas do mar. Em França é conhecido como ‘mascaret’, no Reino Unido recebe o nome de ‘bore’, na Índia de ‘macaréu’. No Brasil, acontece na foz do Rio Amazonas.
Esse encontro violento que pode derrubar árvores e alterar as margens dos rios é, ao mesmo tempo, um processo frágil, resultado de um delicado balanço de factores da natureza. “Pororoca” é um encontro de correntes contrárias. Forma ondas e altera as margens, provoca ruídos e calmaria. É arrastão, mistura, choque, invasão.
Para a coreógrafa brasileira Lia Rodrigues, militante de corpo e alma, fazer arte hoje é restaurar, deslocar, demolir, reparar, preparar o terreno para que a obra possa existir.
Instalada com a sua companhia na Favela da Maré, no Rio de Janeiro, onde desenvolve o projecto artístico “Residência Resistência”, Lia Rodrigues – que se formou inicialmente em dança clássica em São Paulo, criou o grupo de dança Andança, fez parte da companhia da coreógrafa francesa Maguy Marin e foi igualmente produtora cultural, tendo criado e dirigido até 2005 o festival anual de dança contemporânea Panorama Rioarte de Dança – tem recebido numerosos prémios no Brasil e no estrangeiro pelas suas criações coreográficas, que têm circulado no Brasil, na Europa e na América do Norte.
Texto e imagem: website da Culturgest
Esse encontro violento que pode derrubar árvores e alterar as margens dos rios é, ao mesmo tempo, um processo frágil, resultado de um delicado balanço de factores da natureza. “Pororoca” é um encontro de correntes contrárias. Forma ondas e altera as margens, provoca ruídos e calmaria. É arrastão, mistura, choque, invasão.
Para a coreógrafa brasileira Lia Rodrigues, militante de corpo e alma, fazer arte hoje é restaurar, deslocar, demolir, reparar, preparar o terreno para que a obra possa existir.
Instalada com a sua companhia na Favela da Maré, no Rio de Janeiro, onde desenvolve o projecto artístico “Residência Resistência”, Lia Rodrigues – que se formou inicialmente em dança clássica em São Paulo, criou o grupo de dança Andança, fez parte da companhia da coreógrafa francesa Maguy Marin e foi igualmente produtora cultural, tendo criado e dirigido até 2005 o festival anual de dança contemporânea Panorama Rioarte de Dança – tem recebido numerosos prémios no Brasil e no estrangeiro pelas suas criações coreográficas, que têm circulado no Brasil, na Europa e na América do Norte.
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