Culturgest (Pequeno Auditório) - 10, 17, 24 de Fevereiro e 2 de Março de 2010 (18h30) Entrada Gratuita*
Este ciclo de quatro sessões parte de uma citação de Coleridge de 1798, na qual afirmava que era uma “voluntária suspensão da incredulidade (willing suspension of disbelief) que momentaneamente cria a crença poética”.
Esta afirmação merece ser confrontada com a forma como a arte moderna veio a desestabilizar a relação de crença nos processos de produção de imagens, esticando esta relação de suspensão até à sua queda, até ao momento no qual as imagens não possuem qualquer processo que nos oriente nas suas teias.
O centro deste ciclo será, assim, o da avaliação sobre os processos de relação com as imagens, a dimensão corporal e os espaços que resgatam este processo nas suas várias vertentes.
O projecto de cada uma das sessões é o de partir de situações concretas na arte do século XX e verificar as consequências do processo de avaliação permanente das condições de possibilidade da arte que é inerente ao modernismo, como se a tentativa de testar os transcendentais da arte fosse uma missão inescapável. Neste sentido, não há arte de hoje que se possa exercer sem passar pela sua condição de possibilidade e, portanto, pela sua modernidade.
Morto o modernismo, a questão do moderno não fica demitida. Podemos mesmo acreditar que o modernismo, na sua permanente fibrilação, é regularmente tratado a golpes de desfibrilador transcendental pelo discurso crítico que o viabiliza como corolário da necessária consciência do tempo moderno.
Este desfibrilador funciona movido a crença. É dela que vamos tratar.
Delfim Sardo
Texto e imagem: página web da Culturgest
Esta afirmação merece ser confrontada com a forma como a arte moderna veio a desestabilizar a relação de crença nos processos de produção de imagens, esticando esta relação de suspensão até à sua queda, até ao momento no qual as imagens não possuem qualquer processo que nos oriente nas suas teias.
O centro deste ciclo será, assim, o da avaliação sobre os processos de relação com as imagens, a dimensão corporal e os espaços que resgatam este processo nas suas várias vertentes.
O projecto de cada uma das sessões é o de partir de situações concretas na arte do século XX e verificar as consequências do processo de avaliação permanente das condições de possibilidade da arte que é inerente ao modernismo, como se a tentativa de testar os transcendentais da arte fosse uma missão inescapável. Neste sentido, não há arte de hoje que se possa exercer sem passar pela sua condição de possibilidade e, portanto, pela sua modernidade.
Morto o modernismo, a questão do moderno não fica demitida. Podemos mesmo acreditar que o modernismo, na sua permanente fibrilação, é regularmente tratado a golpes de desfibrilador transcendental pelo discurso crítico que o viabiliza como corolário da necessária consciência do tempo moderno.
Este desfibrilador funciona movido a crença. É dela que vamos tratar.
Delfim Sardo
Texto e imagem: página web da Culturgest
QUA 10 de Fevereiro
A crença na pintura
QUA 17 de Fevereiro
A crença no corpo
QUA 24 de Fevereiro
A crença no espaço
TER 2 de Março
A crença nas imagens que se mexem num ecrã
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